postado em 15/09/2008 16:46
Os 12 países que integram a União das Nações Sul-Americanas (Unasul ) se reúnem nesta tarde, em Santiago, no Chile, para discutir uma saída para a crise política na Bolívia. Já confirmaram presença no encontro os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), Evo Morales (Bolívia), Cristina Kirchner (Argentina), Hugo Chávez (Venezuela), Fernando Lugo (Paraguai), Tabaré Vazquez (Uruguai), Álvaro Uribe (Colômbia) e Rafael Correa (Equador). O secretario-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, também participará da cúpula. Dos 12 presidentes da Unasul, somente o presidente Alan Garcia, do Peru, anunciou que não participará da reunião.
O jornal chileno El Mercurio desta segunda-feira (15) estampa a preocupação do presidente boliviano sobre um possível golpe de Estado. Por meio de um telefonema presidente do Chile, Michelle Bachelet, Evo Morales disse que "havia um aviso de seu pessoal de inteligência sobre uma tentativa iminente de derruba-lo".
Imediatamente, Bachelet, que preside o turno na Unasul, convocou uma reunião de emergência para que sejam discutidas as diretrizes para o término do conflito.
O Aeroporto Internacional Comodoro Arturo Merino Benitez, em Santiago, está fortemente guardado pelos Carabineros. Eles vistoriam todos os carros particulares e os táxis.
Na semana passada, o presidente Lula se ofereceu para intermediar um acordo, mas Evo Morales recusou a oferta. O Brasil já deixou claro que não tomara nenhuma posição que afete a soberania do governo boliviano e da oposição.
No último sábado, depois de um violento confronto no departamento de Pando, onde partidários do governo e oposicionistas se enfrentaram e provocaram dezenas de mortes, Morales acusou pistoleiros brasileiros e peruanos de envolvimento no conflito.
O presidente Lula, por meio de seu assessor para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, disse que a declaração de Morales não causou problemas diplomáticos entre os dois países.