postado em 16/09/2008 12:52
GENEBRA - O buraco na camada de ozônio aumentou em comparação a 2007, mas não vai ultrapassar o pico alcançado em 2006, informou nesta terça-feira (16/09) a Organização Meteorológica Mundial (OMM) no Dia Mundial do Ozônio. "Em 2008, o buraco da camada de ozônio se formou relativamente tarde. No entanto, nas últimas semanas tem crescido rapidamente ao ponto de ter ultrapassado o tamanho máximo atingido em 2007", explica a OMM em um comunicado.
Porém, a julgar pelas condições meteorológicas registradas, terá uma extensão menor que a de 2006, segundo o organismo ligado à ONU. O fenômeno que surgiu nos anos 80 geralmente se forma em meados de agosto e volta a se fechar em dezembro. A superfície era de 27 milhões de quilômetros quadrados no dia 13 de setembro, contra 25 milhões de 2007 e 29 de 2006, acrescentou a OMM.
"Depois de ter padecido com as conseqüências dos produtos químicos, a camada de ozônio necessitará ao menos unos 50 anos para recuperar-se completamente", comentou em Nova York o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, citado pela OMM. "Enquanto o meio ambiente continuar se deteriorando, precisará de muito tempo para se recuperar", acrescentou Ban Ki-moon.
O Protocolo de Montreal, assinado em 16 de setembro de 1987, permitiu eliminar praticamente uma geração de substâncias que prejudicavam a camada de ozônio, os CFC (clorofluorocarbonetos), que originaram o buraco.
Um segundo acordo de 2007 previa o fim progressivo da utilização substâncias um pouco menos nocivas, os HCFC (hidroclorofluorocarbonentos). O ozônio, uma molécula formada por oxigênio, tem um papel essencial na filtragem dos raios ultravioleta B, principais responsáveis pelo câncer de pele.