postado em 17/09/2008 19:46
A Interpol prendeu nesta quarta-feira (17/09) o ex-major do Exército argentino Norberto Raul Tozzo, acusado de ter comandado, em 1976, o seqüestro e assassinato de 22 pessoas que faziam parte do movimento de oposição ditadura militar na Argentina. Na época, o Exército informou que a chacina, conhecida como o Massacre de Margarita Belém, era resultado de um enfrentamento entre grupos subversivos rivais.
Em 2004 o governo argentino pediu a prisão de dez militares supostamente envolvidos com os assassinatos, mas Norberto Raul conseguiu fugir para o Brasil. De acordo com o chefe da representação regional da Interpol, delegado Paulo Ricardo Oliveira da Silva, o ex-major foi preso em um hotel de Ipanema, na zona sul da cidade, onde se hospedava com nome falso e se encontrava sem identidade. O delegado diz ainda que Norberto Raul demonstrou tranqüilidade no momento da prisão.
Ele se mostrou bastante calmo, dizendo que na época do fato ele apenas cumpria ordens e que as pessoas que foram mortas eram guerrilheiros, disse o delegado.
O ex-militar argentino será levado para o presídio Ary Franco, onde vai aguardar o término do processo de extradição conduzido Supremo Tribunal Federal (STF). Na Argentina, ele deve responder pelo crime de genocídio.