postado em 17/09/2008 20:12
La Paz - O governo da Bolívia anunciou nesta quarta-feira (17/09) que o diálogo com os governadores das cinco regiões rebeldes começará na próxima quinta-feira, na cidade de Cochabamba, sob a supervisão de observadores da OEA, ONU e Unasul.
O porta-voz do governo, Iván Canelas, confirmou em entrevista coletiva que as três organizações foram convidadas oficialmente para que "enviem representantes".
"Na questão dos facilitadores e observadores (do diálogo), pedimos que Unasul, OEA e Nações Unidas enviem representantes", disse Canelas.
Segundo o porta-voz, o diálogo também será assistido por um representante da Igreja católica, como exige a oposição, e por delegados das Igrejas metodista e evangélica, a convite do presidente Evo Morales.
Pelo pré-acordo firmado na véspera por Mario Cossío, governador de Tarija, representando seus colegas de Beni, Santa Cruz, Pando e Chuquisaca, e as autoridades do Executivo, serão formadas três comissões para analisar as divergências.
A primeira comissão discutirá um pacto fiscal que solucione o pedido dos departamentos rebeldes para uma melhor distribuição dos royalties sobre o gás e o petróleo, a segunda debaterá as autonomias regionais e a terceira designará representantes para cargos acéfalos no Poder Judiciário.
O presidente Evo Morales estará presente no início do diálogo e espera resultados rápidos para superar a crise política, assinalou Canelas.