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Máfia está sob suspeita de matar seis africanos na região de Nápoles

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ROMA - A camorra, máfia napolitana, é acusada de ter assassinado seis africanos a tiros em Caserte, quinta-feira à noite, em um provável acerto de contas relacionado ao tráfico de drogas. Seis africanos, sendo três ganeses, um liberiano, um togolês e um que pode ser de Gana ou da Libéria, morreram a tiros em Castelvolturno, no litoral ao norte de Nápoles. Segundo a imprensa, três homens surpreenderam os africanos em uma oficina têxtil e abriram fogo, com mais de 80 tiros, matando cinco na hora, enquanto o sexto faleceu em conseqüência dos ferimentos no hospital. "Nunca houve tantos mortos em um tiroteio aqui. É um recorde na região", disse uma fonte da polícia de Castelvolturno. Segundo as autoridades, o tiroteio pode estar relacionado a um acerto de contas entre o clã mafioso dos Casalesi, a máfia local, e os imigrantes que atuam no tráfico de drogas. A imprensa local levanta a hipótese do não pagamento à máfia local por parte dos estrangeiros que traficam drogas na região. O clã dos Casalesi, que controla o tráfico de drogas e a prostituição entre Nápoles e Caserte, é o mais poderoso da camorra napolitana.