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McCain pede transparência ao mercado financeiro

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postado em 19/09/2008 16:09
Enquanto o democrata Barack Obama elogiou os esforços do secretário do Tesouro norte-americano, Henry Paulson, e do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Ben Bernanke, frente à atual crise financeira, o candidato republicano à Presidência dos EUA, John McCain, fez poucos elogios e pediu por uma política mais consistente do Tesouro norte-americano para escorar empréstimos do setor privado. Ele também deu a entender que o Fed foi longe demais nas recentes operações de resgate e pediu mais transparência ao mercado financeiro. McCain também respondeu a provocação do rival Obama, que pediu para os eleitores terem "confiança de que seu trabalho não será prejudicado por desavenças políticas". Segundo ele, o democrata foi hipócrita ao aceitar contribuições para sua campanha dos bancos pára estatais Fannie Mae e Freddie Mac, que foram socorridos pelo Fed, na esteira da crise das hipotecas. Segundo o Centro para a Política Responsável, uma organização não-governamental (ONG), os dois bancos doaram US$ 165 mil ao escritório político de Obama. McCain recebeu US$ 21 mil. O candidato republicano também criticou Obama pelo democrata ter escolhido Jim Johnson, ex executivo-chefe da Fannie Mae, para fazer parte da equipe vice-presidencial da sua chapa. "Enquanto a Fannie Mae traía a confiança do público, de alguma maneira seu ex-dirigente conseguiu conquistar a confiança do meu rival, ao ponto que o senador Obama o escalou para participar do comitê que ajudou a escolher o candidato a vice-presidente na sua chapa", afirmou McCain. Johnson renunciou ao cargo na campanha de Obama há dois meses, após ter sido revelado que ele tomou um empréstimo a juros mais baixos porque trabalhou no banco. O republicano ainda sugeriu uma volta do Fed à sua missão original: "O Federal Reserve deveria voltar à sua responsabilidade original, de administrar nosso dinheiro e a inflação." "O Fed precisa voltar a proteger o poder de compra do dólar. Um dólar forte reduzirá os preços da energia e dos alimentos. Estimulará crescimento econômico sustentável e permitirá que essa economia se mova novamente", disse McCain. As informações são da Dow Jones.

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