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Washington denuncia redução da liberdade de culto na Argélia, China e Egito

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postado em 19/09/2008 17:41
Washington - Os Estados Unidos constataram uma deterioração das liberdades religiosas na Argélia, na China e no Egito em 2007/2008, segundo um relatório anual publicado nesta sexta-feira (19) pelo departamento de Estado americano. O relatório apresenta um quadro da evolução das liberdades religiosas em todo o mundo entre julho de 2007 e julho de 2008. Na Argélia, "a política do governo provocou uma deterioração das liberdade religiosas durante o período analisado", destaca o texto, citando uma lei aprovada em fevereiro passado que criminaliza o proselitismo. Na China, "a repressão pelo governo das liberdades religiosas se intensificou em algumas regiões, sobretudo no Tibete e na região autônoma uigur", diz o documento, referindo-se à província de Xinjiang (oeste da China), onde os uigurs, uma etnia muçulmana de língua turca, são majoritários. A província de Xinjiang foi o cenário de uma série de ataques violentos durante as Olimpíadas de Pequim. No mais mortífero, cometido em 4 de agosto, 16 policiais foram mortos em Kashgar. Em março, violentas manifestações deixaram 203 mortos no Tibete, segundos os tibetanos no exílio. Pequim, por sua vez, afirmou que 21 pessoas foram mortas pelos manifestantes tibetanos e admitiram ter matado um "rebelde" tibetano. No Egito, "várias medidas e práticas governamentais contribuíram para um declínio da situação das liberdades religiosas", segundo o relatório, que denuncia a aprovação de uma nova lei segundo a qual somente os não muçulmanos têm o direito de se converter. O documento ressalta "alguns progressos" na Arábia Saudita, e diz que a situação não mudou em Mianmar, na Eritréia, no Irã, na Coréia do Norte, no Sudão e no Uzbequistão. Estes país estão, junto com a China, na "lista negra" americana dos países que desrespeitam as liberdades religiosas no mundo. Esta lista é modificada a cada ano segundo as informações deste relatório.

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