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Presidente sul-africano aceita pedido de renúncia

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postado em 20/09/2008 10:09
Johannesburgo - O presidente sul-africano, Thabo Mbeki, "aceitou a decisão" do partido no poder, o ANC, que pediu neste sábado (20/09) sua renúncia, indicou seu porta-voz. "O presidente aceitou a decisão do comitê diretor do CNA", o Congresso Nacional Africano, no poder desde o fim do Apartheid em 1994, declarou o porta-voz de Mbeki, Mukoni Ratshitanga, à rádio privada 702 Talk Radio. "Essa decisão inclui o processo parlamentar" de destituição, acrescentou Ratshitanga. O comitê diretor do partido decidiu neste sábado (20/09) "pedir ao presidente da República que renuncie antes do final de seu mandato", que expira no 2º trimestre de 2009. O partido não tem o poder constitucional de destituir diretamente o presidente. O chefe de Estado sul-africano foi nomeado pelo Parlamento após eleições gerais. Mbeki, de 66 anos, que sucedeu a Nelson Mandela na presidência em junho de 1999, foi acusado recentemente de ter pressionado para que a Justiça condenasse por corrupção seu adversário político e líder do CNA, Jacob Zuma. "O CNA decidiu remover o presidente" de suas funções "antes do final de seu mandato", que expira no segundo trimestre de 2009, declarou o secretário-geral do partido, Gwede Mantashe. "Comunicamos nossa decisão" a Mbeki, que aceitou "participar" do processo parlamentar que vai ratificar a destituição, disse Mantashe. Segundo a 702 Talk Radio, Mbeki convocou uma reunião do governo para este domingo (21/09), para solucionar a questão. Zuma, que no ano passado assumiu a liderança do CNA no lugar de Mbeki, é o favorito para sucedê-lo. Mantashe destacou que a decisão do partido não é um "castigo", mas uma tentativa de "curar as feridas e unir o CNA". Pela Constituição sul-africana, o presidente é nomeado pelo Parlamento, que é dominado pelo CNA desde as eleições de 1994, três anos após o fim do apartheid. O centro da polêmica está na decisão judicial de 12 de setembro passado, que absolveu Zuma das acusações de corrupção e sugeriu a interferência do governo Mbeki no processo. Zuma era acusado de 16 crimes, incluindo lavagem de dinheiro, fraude e de receber dinheiro para defender os interesses da companhia francesa Thint em uma polêmica operação de compra e venda de armas.

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