postado em 21/09/2008 09:59
O relatório sobre a morte do paranaense André Martins, de 25 anos, a Promotoria de Cape Code, em Massachusetts, Estados Unidos, inocenta o policial Christopher Van Ness, de 36, e afirma que ele agiu em "legítima defesa". No documento concluído anteontem, o promotor Michael O;Keefe diz que "não tomará qualquer medida a respeito do caso". André, que trabalhava como pintor, foi morto em 27 de julho por um tiro que perfurou um pulmão e o coração, após tentar fugir de uma perseguição policial.
Segundo as investigações, que incluem teste de balística, perícia e depoimentos da viúva Camila Campos, vizinhos e vários policiais, as evidências mostram que Van Ness enfrentou a "morte ou iminente grave dano físico" e temia "ser esmagado contra seu próprio carro". O documento descreve que André passou em alta velocidade por Van Ness que ordenou que parasse. André acelerou e chegou a 140 quilômetros por hora. O'Keefe argumenta que André estava "sob influência de substância controlada" e que se recusou a parar. Ele fora detido três dias antes por dirigir em alta velocidade. André morava nos Estados Unidos ilegalmente desde 2001.
Na perseguição, um patrulheiro fez barreira. André contornou e se chocou contra o carro de Van Ness. O relatório afirma que, segundo uma testemunha, o policial gritou para que ele "saísse do carro com as mãos para cima". A viúva Camila nega. Forma três disparos e o primeiro acertou André. O relatório conclui que ele "dispunha de uma arma mortal, o carro, que colocava a sua vida e de outras pessoas, em risco".