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Novo capítulo no caso Jean Charles

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postado em 22/09/2008 07:52
A família de Jean Charles de Menezes deposita esperanças de que essa semana seja decisiva para a punição dos policiais britânicos da Scotland Yard que executaram o brasileiro no metrô de Londres. Menezes foi abatido aos 27 anos com oito tiros ; sete na cabeça e um no ombro ;, após ser confundido com um terrorista suicida, em 22 de julho de 2005. A aguardada indagação pública sobre o crime começa nesta segunda-feira (22/09) na sala John Major, situada em um famoso campo de críquete ao sul da capital britânica. ;Será a primeira vez que nossos advogados terão a chance de questionar testemunhas e policiais envolvidos;, disse ao Correio, por telefone, Alex Pereira, primo de Jean Charles. Ele revelou que Brian Paddick, ex-subcomissário adjunto da Scotland Yard, deve contar hoje o que presenciou no dia da execução. ;Ele foi bastante crítico quando ocorreu o crime, viu os erros da polícia e revelará tudo;, garantiu, apesar de uma manobra dos advogados da Polícia Metropolitana para impedir o testemunho. Alex Pereira, primo de Jean Charles Menezes, fala sobre investigações Pereira disse que a família contratou o advogado Michael Mansfield, que representou o empresário Mohamed Al-Fayed no inquérito sobre a morte da princesa Diana, para interrogar Cressida Dick ; responsável pela operação antiterrorismo Kratos naquela manhã. ;Mansfield nos aconselhou a não falar sobre o veredicto que desejamos, porque isso irritaria os jurados;, afirmou. ;Agora, não vai ser mais a promotoria contra a força policial, mas será nosso advogado questionando um por um.; Nesta terça-feira, familiares de Jean Charles, jurados, advogados e réus vão visitar a estação de metrô Stockwell, o local do assassinato. ;Na quarta-feira, ficaremos na corte, onde lerei um relatório sobre a vida do Jean;, concluiu Alex Pereira.

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