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Índia é o país com maior aumento no número de milionários

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postado em 26/09/2008 16:42
Mumbai - A Índia registra o maior aumento de milionários em dólares, devido à sua sólida expansão econômica e aos altos preços das matérias-primas, revela um estudo divulgado nesta sexta-feira (26/09). De uma população de 1,1 bilhão de indianos, no final de 2007, havia 123 mil milionários no país, ou seja, 22,7% a mais do que um ano antes, de acordo com um relatório sobre riqueza na região Ásia-Pacífico preparado pelo banco americano de investimentos Merrill Lynch e pela empresa francesa de assessoria em informática Capgemini. As duas companhias já haviam publicado uma versão preliminar desse estudo em junho passado, na qual ficava patente a explosão do número de milionários na Índia, China, Brasil, ou Rússia. "O número de indivíduos que dispõem, na Índia, de um patrimônio líquido de mais de 1 milhão de dólares, sem levar em consideração a principal residência, aumentou a um ritmo maior do que a média mundial", comentou Pradeep Dokania, do banco DSP Merrill Lynch, em Mumbai. "O consumo interno e o frenesi da Ásia com as matérias-primas continuam alimentando o acúmulo de riquezas na Índia", afirmou. Em 2007, a espetacular alta do preço do petróleo e das matérias-primas mineradoras, ou agrícolas, explica, em grande parte, esse avanço na Índia. A significativa alta dos mercados financeiros nos países emergentes, pelo menos no ano passado, antes de sua queda em 2008, também foi um fator decisivo nessa evolução. A China está bem atrás da Índia, com 415 mil milionários em dólares, o que equivale a uma taxa de crescimento de 20,3% ao ano. Os cidadãos mais ricos dos dois gigantes asiáticos se beneficiaram de índices de crescimento econômicos da ordem de 9%, na Índia, em 2007-2008 (período anual concluído no final de março), e de 11,9%, na China, em 2007. No ano em curso, o crescimento desacelerou em ambos os países. A Índia tem entre 455 milhões e 620 milhões de pessoas vivendo com menos de 1,25 dólar, ou 1,35 dólar por dia, de acordo com o Banco Mundial, ou com o Banco Asiático de Desenvolvimento.

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