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Obama e McCain trocam acusações por guerra do Iraque

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postado em 27/09/2008 15:15
OXFORD, Mississippi, EUA - Os candidatos à presidência dos Estados unidos, nos momentos mais acalorados do primeiro debate presidencial das eleições presidenciais de 2008, na noite desta sexta-feira, criticaram um ao outro sobre as políticas para a guerra do Iraque, com o democrata Barack Obama questionando o republicano John McCain por ele ter votado a favor de ir à guerra contra o Iraque em 2003. McCain disse que Obama estava errado em não apoiar o reforço de tropas de 30 mil soldados feito pelo presidente americano George W. Bush no Iraque no ano passado, uma estratégia que reduziu a violência no país do Oriente Médio ocupado pelos EUA. Obama reconheceu que a situação melhorou após o reforço, mas disse que a guerra do Iraque representa um conflito que desvia os militares americanos do verdadeiro objetivo, que é a guerra contra o terror e a caça ao líder terrorista Osama bin Laden, que ainda estaria escondido na fronteira entre o Afeganistão e o Paquistão. Os candidatos mantiveram o foco na cambaleante economia americana pelo primeiro terço do debate de 90 minutos na Universidade do Mississippi, um confronto que deveria ter o foco apenas na segurança nacional e na política externa. McCain sugeriu um congelamento em todos os programas federais, com exceção da defesa, dos pagamentos e benefícios aos veteranos de guerra e questões como pagamento de aposentadorias da Seguridade Social e gastos no orçamento do Medicare, o programa de saúde. Cada candidato tinha objetivos diferentes antes do primeiro debate. Obama queria garantir aos americanos que ele é o mais indicado para a missão presidencial de ser o comandante em chefe das forças armadas do país. Com os eleitores sofrendo com a crise financeira e muito ansiosos com o futuro, ele precisava mostrar empatia, principalmente com a classe trabalhadora, que até agora não demonstrou um entusiasmo grande pela sua candidatura. McCain, que abriu sua campanha enfatizando sua longa experiência em Washington, agora enfrenta o desafio de se separar do impopular presidente Bush, que é cada vez mais reprovado pelo opinião pública, agora que o mercado financeiro ameaça ruir. Ele também precisava afastar preocupações com a sua idade e por ter sofrido câncer de pele.

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