postado em 29/09/2008 10:06
O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, pediu ao Congresso dos Estados Unidos que vote rapidamente o plano de resgate bancário de 700 bilhões de dólares, que já foi acordado por parlamentares dos dois partidos, mas esclareceu que o pacote não vai solucionar todos os problemas econômicos.
"Entendo completamente que esta será uma votação difícil", disse Bush. "Porém, o plano ajudará a evitar que a crise em nosso sistema financeiro se espalhe por toda nossa economia", acrescentou. "O Congresso pode enviar um sinal forte aos mercados locais e estrangeiros ao aprovar este plano rapidamente", declarou.
Bush explicou que o projeto de lei inclui proteções para os contribuintes americanos e uma supervisão dos gastos, além de garantir que os executivos das empresas quebradas não receberão compensações do Estado.
"Cada membro do Congresso e cada americano deve ter em mente que o voto neste plano é um voto para evitar o dano econômico que afetará a eles e a suas comunidades", disse. Em um breve discurso na Casa Branca, o presidente explicou, no entanto, que o resgate bilionário não solucionará todos os problemas financeiros americanos, que podem prosseguir "por algum tempo".
"Mesmo com os importantes passos que estamos dando para solucionar a atual crise, continuaremos enfrentando desafios sérios", advertiu Bush, antes de acrescentar que a crise de crédito e os problemas do mercado hipotecário "seguirão pressionando nosso sistema financeiro e vão impactar o crescimento de nossa economia durante algum tempo".
"Acredito que a longo prazo, os Estados Unidos vão superar estas dificuldades e continuarão sendo a economia mais dinâmica e produtiva do mundo", concluiu. A maior intervenção estatal desde a Grande Depressão dos anos 1930 pretende obter o resgate financeiro do sistema bancário em crise.
Depois de uma semana de negociações, os líderes parlamentares e o governo de George W. Bush fecharam um acordo sobre os termos do plano, que será votado nesta segunda-feira na Câmara de Representantes e no Senado.
O plano proposto pelo secretário do Tesouro, Henry Paulson, prevê a liberação de 700 bilhões de dólares para a aquisição dos créditos podres dos bancos, duramente afetados pela crise dos empréstimos imobiliários de alto risco.