postado em 30/09/2008 19:53
Quito - Guayaquil, a cidade mais próspera do Equador, rejeitou no referendo de domingo passado a nova Constituição promovida pelo presidente Rafael Correa, confirmando seu papel de feudo da oposição e da resistência às reformas socialistas.
Baseado nas pesquisas de boca-de-urna, Correa festejou no domingo a "surra" aplicada na oposição em Guayaquil, mas a apuração oficial revelou nesta terça-feira que a nova Constituição foi rejeitada por 47% dos votos na cidade, contra 45,7% que votaram pela Carta socialista.
A nova Constituição foi aprovada por 64% dos votos em nível nacional, segundo números oficiais após a apuração de 98,6% das urnas. A Carta também foi rejeitada em Samborondón, cidade vizinha a Guayaquil, onde vivem os equatorianos mais abastados. O "não" recebeu 47,9% dos votos, contra 44,2% para o "sim", segundo o Supremo Tribunal Eleitoral.
O prefeito de Guayaquil, Jaime Nebot, criticou Correa por proclamar sua vitória no referendo antes dos resultados oficiais, e destacou que se a Constituição for rejeitada na cidade, "será preciso respeitar seu modelo autonomista".
Nebot anunciou na véspera sua disposição de conversar com Correa, mas destacou que não cederá em relação à autonomia. Após alardear uma "vitória aplastante" em Guayaquil, Correa convocou seus detratores - incluindo Nebot - a unir forças para levar o país adiante.