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Imponente força naval concentra-se ao redor de cargueiro ucraniano seqüestrado na Somália

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postado em 01/10/2008 08:11
MOGADÍSCIO - Estados Unidos, Rússia e Malásia concentravam nesta quarta-feira (1º/10) uma imponente frota militar ao redor do "Faina", o navio ucraniano carregado de armas seqüestrado no mar da Somália por piratas deste país, que exigem 20 milhões de dólares para liberar o navio e sua tripulação. Navios de guerra americanos - três segundo os piratas - vigiavam o cargueiro ucraniano de perto, enquanto pelo menos outros três navios militares estrangeiros seguem em direção às águas somalis. De acordo com o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, um navio de guerra da Marinha de Moscou e duas fragatas da Malásia seguem para a região, onde o "Faina" foi capturado em 25 de setembro, diante do porto de Hobyo, região 500 km ao norte de Mogadíscio dominada pelos islamitas, que lutam desde 2007 contra o governo somali. Rússia e Malásia são dois dos muitos países que já tiveram navios atacados e seqüestrados pelos piratas somalis no golfo de Aden e no Oceano Índico. Os navios de guerra americanos mantêm "sob controle" o Faina, explicou Geoff Morrell, porta-voz do Departamento de Defesa. "Neste momento, o que mais nos interesssa é encontrar uma solução pacífica ao problema", disse. No entanto, Morrel insistiu en que a Marinha americana não está negociando com os piratas e garantiu desconhecer se outros países estabeleceram contato com eles. ;Continuamos cercados por navios estrangeiros. Temos helicópteros sobre nossas cabeças, mas não houve nenhuma ação contra nós. Estamos preparados para qualquer eventualidade", explicou o porta-voz dos piratas, Sugule Ali, contactado por telefone por satélite desde Nairóbi. O Faina, com bandeira de Belize, seguia para o porto de Mombasa, no Quênia, com um carregamento de armas - incluindo 33 carros de assalto T-72 - quando foi atacado. Segundo Quênia e Ucrânia, a carga do navio é uma das entregas das armas vendidas pelo governo de Kiev ao de Nairóbi em um contrato assinado pelos dois países. No entanto, um porta-voz da V Frota dos Estados Unidos, com base no Bahrein, afirmou que a carga estava destinada a um cliente no Sudão. Os piratas confirmaram a informação do porta-voz americano, mas os governos do Quênia e Ucrânia negaram a mesma. O Sudão está sob embargo da ONU para a compra de armas.

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