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Ex-comandante militar iugoslavo acusado de crimes de guerra alega inocência

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postado em 03/10/2008 07:54
HAIA - O ex-comandante militar iugoslavo Momcilo Perisic "lamentou" as vítimas das guerras dos Bálcãs nos anos 90, mas se declarou inocente no julgamento por crimes de guerra a que é submetido em Haia. "Lamento profundamente que tenham existido vítimas de crimes nos territórios da antiga República da Iugoslávia", afirmou o ex-general ao painel de três juízes do Tribunal Penal Internacional (TPI) para a antiga Iugoslávia. "Qualquer vida perdida é uma perda insubstituível para a sociedade, mas uma vida perdida por causa de um crime é ainda mais insubstituível. Espero que isto não aconteça nunca mais;. Perisic, 64 anos, ex-comandante do Estado-Maior do Exército iugoslavo de 1993 a 1998, é o oficial de maior patente do Exército da Iugoslávia julgado neste tribunal das Nações Unidas pelos crimes cometidos na Bósnia e Croácia durante a guerra dos Bálcãs nos anos 90. Perisic se declarou inocente das 13 acusações de crimes de guerra e crimes contra a humanidade supostamente cometidos quando era chefe do Estado-Maior sob a presidência de Slobodan Milosevic. As acusações incluem assassinato, perseguição por motivos políticos, raciais ou religiosos, extermínio, atos desumanos e ataques a civis. A maioria das acusações correspondem aos 44 meses de cerco da capital bósnia, Sarajevo, durante os quais morreram milhares de civis, e ao massacre de 8 mil muçulmanos em Srebrenica em 1995. "Como soldado profissional, odeio a guerra, em particular a guerra na antiga República da Iugoslávia", afirmou nesta sexta-feira aos juízes. "Foi uma guerra civil, uma guerra religiosa, uma guerra étnica. É o pior que pode acontecer a uma sociedade", acrescentou.

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