postado em 03/10/2008 08:36
WASHINGTON - Os principais jornais americanos fizeram nesta sexta-feira (03/10) julgamentos bastantes divergentes sobre o debate da véspera entre os candidatos à vice-presidência, Sarah Palin e Joe Biden, deixando claro que nem a republicana nem o democrata conseguiram vencer claramente aos olhos da opinião pública.
O Wall Street Journal considera que a governadora do Alasca "fez mais do que se defender", mencionando a política externa frente a seu adversário, que preside a comissão de Relações Exteriores do Senado, e "marcou pontos, pelo menos sobre o Iraque e o Afeganistão".
O diário econômico conservador indica que Palin "se mostrou digna da arena nacional" tanto durante o debate quanto em seu discurso de aceitação durante a convenção republicana, no início de setembro. "Deixem Palin ser ela mesma e, se ela cometer um erro, como acontece com todo candidato, isso não dará espaço a um julgamento épico sobre sua capacidade de ser vice-presidente", insiste o WSJ.
Já o New York Times se mostra duro em relação à candidata. "O debate não mudou a verdade essencial da candidatura de Palin: McCain fez uma escolha ousadamente irresponsável, que desfez a imagem que foi criada, a de um homem honesto, moderado, com muita de experiência, com julgamento e princípios", considera o jornal.
"Após uma série de entrevistas cheias de gafes que suscitaram sérias dúvidas, até mesmo entre os conservadores, quanto a sua capacidade de ser vice-presidente, Palin não tinha muito a dizer, apenas uma ou duas coisas sensíveis e evitar uma grande gafe que decidiria o resultado da eleição", acrescentou o NYT. "Com base nesse critério, e segundo esse critério apenas, a governaredora do Alasca se saiu bem", concluiu o jornal.
O Washington Post analisou os dois adversários de forma mais crítica. "Isso é uma medida das baixas expectativas para o debate vice-presidencial da noite passada que foi, no final das contas, mais uma discussão superficial cheias de evasivas e descaracterizações, que foi visto como uma boa notícia pela governadora Sarah Palin e pelo senador Joseph Biden", indicou.