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Candidatos à Presidência dos EUA comemoram com reservas aprovação de pacote

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postado em 04/10/2008 13:44
A aprovação do socorro às instituições financeiras norte-americanas foi recebida com cautela pelos dois principais candidatos à Presidência dos Estados Unidos, o democrata Barack Obama e o republicano John McCain. Os dois concorrentes saudaram a ajuda, mas manifestaram reservas em relação à eficácia do pacote para reaquecer a economia do país. De acordo com a BBC Brasil, Obama cobrou "sabedoria" do governo do presidente George W. Bush para usar o dinheiro do pacote. "A coisa mais importante é que o governo use essa autoridade com sabedoria e se assegure de que o secretário [do Tesouro, Henry] Paulson e outros adquiram esses ativos de forma a proteger os contribuintes", afirmou o democrata. Apesar de também parabenizar o Congresso norte-americano pela aprovação da ajuda, o senador McCain cobrou ações complementares para evitar a recessão nos Estados Unidos. "Esse pacote de resgate não é perfeito. É um insulto que isso seja necessário", afirmou o republicano. "Nossa economia ainda está sofrendo, sofrendo muito. É preciso fazer mais e não deveria ser uma crise o motivo para fazer esse país agir". O presidente do Federal Reserve (banco central norte-americano), Ben Bernanke, comemorou a aprovação da proposta bilionária, que foi sancionada pelo presidente George W. Bush horas depois da votação. Para ele, o pacote mostra que o governo está comprometido em fortalecer a atividade econômica no país. "Isso demonstra o compromisso do governo de fazer o que for necessário para apoiar e fortalecer nossa economia", disse. "A legislação é um passo importante para a estabilização de nossos mercados financeiros e para garantir um fluxo constante de crédito para nossos lares e empresas", completou. O pacote autoriza que o Tesouro norte-americano use US$ 700 bilhões para comprar papéis podres de instituições financeiras afetadas pela crise no mercado imobiliário dos Estados Unidos. Além disso, o socorro inclui US$ 150 bilhões em redução de impostos e garantias a pequenos e médios bancos.

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