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Obama acusa campanha de McCain de ataques baixos para evitar crise econômica

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postado em 05/10/2008 13:56
A campanha do democrata Barack Obama pela Casa Branca acusou o republicano John McCain neste domingo (05/10) de querer "virar a página" da crise econômica e iniciar uma série de ataques pessoais baixos a menos de um mês da eleição presidencial. O democrata respondeu com um novo anúncio de televisão depois que a candidata a vice de McCain, Sarah Palin, acusou Obama de ligação com terroristas, em um ataque pelas ligações de Obama em Chicago com ex-militante contra a guerra do Vietnã William Ayers. Obama, que se prepara para o segundo debate presidencial na terça-feira (07/10), acusou ainda McCain de planejar a retirada do seguro-saúde de 20 milhões de trabalhadores em um momento de perda de empregos. McCain está atrás nas pesquisas, incluindo alguns estados chave, e está mudando a estratégia para a eleição de 4 de novembro, tentando ressaltar o fato de Obama não estar preparado para liderar. O novo anúncio de Obama mostra os efeitos da crise econômica com frases do principal conselheiro de McCain, Greg Strimple, que disse que a campanha "pretendia virar a página da crise financeira" e atacou o "lado agressivamente liberal" de Obama. "Três quartos de um milhão de empregos perdidos este ano. Nosso sistema financeiro em desordem. E John McCain? Errático na crise. Fora de sintonia na economia", afirma o narrador do anúncio. "Não surpreende que a campanha dele tenha anunciado um plano para 'virar a página da crise financeira' - distraindo com ataques desonestos e desonrosos contra Barack Obama", finaliza a propaganda, com uma imagem de McCain ao lado do presidente George W. Bush. Depois da aprovação pelo Congresso do pacote de mais de 700 bilhões de dólares para conter a crise financeira, a campanha de McCain espera mudar o foco da atenção da economia e voltar a falar sobre a inexperiência e as tendências liberais de Obama. A governadora do Alasca, Sarah Palin, citou no sábado a ligação com Ayers, após a publicação no jornal New York Times de uma reportagem com o professor universitário e ex-membro de um grupo radical na década de 60. O grupo, Weathermen, foi responsável por várias explosões no Pentágono e em outros edifícios públicos. O NYT informou que Obama teve uma pequena ligação com Ayers em um trabalho na década de 90, mas que não parece que os dois eram próximos. No entanto, Palin acusou o senador por Illinois de ligações com terroristas e disse que o democrata não é "um homem que vê a América como você e eu, como a grande potência para o bem no mundo". A campanha de Obama considerou os ataques da governadora "vergonhosos" e afirmou que não pretende se rebaixar a este tipo de estratégia.

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