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Obama amplia vantagem; estratégia de McCain cada vez mais confusa

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postado em 11/10/2008 17:02
Washington - O candidato democrata às eleições presidenciais americanas, Barack Obama, ampliou a vantagem sobre o rival John McCain, segundo pequisa publicada neste sábado (11/10), num momento em que a campanha do republicano adversário parece abandonar a estratégia de ataques pessoais ao senador por Illinois. A menos de um mês das eleições de 4 de novembro, Obama supera McCain por 52% das intenções de voto contra 41% entre os eleitores registrados, segundo a mais recente pesquisa encomendada pela revista Newsweek. Uma sondagem similar realizada há um mês concedia a ambos os candidatos 46% das intenções de voto. Em meio a preocupações com a situação da economia, Obama ampliou sua base de apoio. Ainda segundo a pesquisa, ele tem agora vantagem sobre McCain de 54% contra 40% das intenções de voto entre os homens e de 50% contra 41% entre as mulheres. A aprovação da gestão do presidente George W. Bush caiu para 25% - um recorde na história moderna americana, segundo a pesquisa da Newsweek. Enquanto isto, um esperado informe do Legislativo do estado do Alasca chegou à conclusão de que a candidata republicana à vice-presidência dos Estados Unidos, Sarah Palin, cometeu abuso de poder como governadora do Alasca, segundo uma investigação parlamentar divulgada nesta sexta-feira. Em um documento de 263 páginas apresentado ao Congresso pelo Conselho Legislativo do Alasca, o relator Steve Branchflower declarou Palin culpada de violar as regras éticas do estado para autoridades públicas. "A governadora Sarah Palin abusou de seu poder violando o estatuto 39.52.110 (a) sobre ética do poder Executivo do Alasca", destaca Branchflower no relatório. Branchflower considerou que Palin cometeu abuso de poder ao pressionar para obter a demissão de um funcionário do Estado. O caso, chamado pela imprensa de "Troopergate", envolve um alto funcionário do governo do Alasca, que afirma ter sido demitido, arbitrariamente, por Palin, após se negar a mandar embora um colega que, naquele momento, estava se divorciando da irmã da governadora. Já Barack Obama havia repreendido na sexta-feira seu adversário republicano John McCain por pregar uma política de "raiva e divisão" em meio à pior crise econômica desde a Grande Depressão dos anos 30. Obama respondeu, assim, ao golpe da equipe de McCain, que resolveu investir nas acusações feitas pela candidata republicana à vice, Sarah Palin, sobre suas supostas ligações com um ativista de extrema-direita, num momento em que McCain perde terreno nas pesquisas. "Nos últimos dias temos visto uma enxurrada de insinuações e ataques repugnantes; e estou certo de que veremos muito mais nos próximos dias", afirmou Obama.

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