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Estados Unidos anunciam morte de segundo homem da Al-Qaeda no Iraque

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postado em 15/10/2008 15:23
As Forças Armadas dos Estados Unidos informaram que o número 2 da Al-Qaeda no Iraque foi morto, em uma operação em Mossul, norte do país. Os militares identificaram o militante como o marroquino Abu Qaswarah, também chamado de Abu Sara. O comunicado dos EUA sustenta que Qaswarah tornou-se o principal líder da Al-Qaeda no norte do Iraque em junho de 2007. Ele manteria vínculos com altos comandos da rede terrorista no Afeganistão e no Paquistão, afirma o texto. "Ele era o segundo no comando da Al-Qaeda no Iraque", diz o comunicado. Qaswarah só ficaria abaixo de Abu Ayyub al-Masri, também conhecido como Abu Hamza al-Muhajir, na hierarquia do grupo no país. Segundo a versão norte-americana, Qaswarah foi morto em um operação no dia 5 de outubro. Ele era também ligado a Abu Musab al-Zarqawi, fundador da Al-Qaeda no Iraque morto em um ataque aéreo dos EUA em junho de 2006. Qaswarah era conhecido por sua habilidade para recrutar e motivar militantes estrangeiros. O texto sustenta que ele recebeu treinamento no Afeganistão e trabalhou para reagrupar a Al-Qaeda no Iraque mesmo com os sucessos das forças iraquianas e norte-americanas no país. Um porta-voz dos EUA em Bagdá, Patrick Driscoll, disse que agentes iranianos são suspeitos de oferecer suborno a políticos iraquianos para evitar que esses apóiem as negociações de paz. Essas negociações incluiriam uma autorização para prorrogar a presença no país das tropas dos EUA. Porém segundo Driscoll aparentemente não havia sinais de que os políticos aceitariam as propostas de suborno. Na operação que teve como alvo Qaswarah foram mortos outros quatro insurgentes. Segundo os militares norte-americanos, a perda do líder causaria dificuldades para a rede terrorista, particularmente no norte iraquiano. A violência em geral diminuiu no país ao longo do ano passado, sobretudo em Bagdá. Porém os EUA advertem constantemente que a Al-Qaeda no Iraque e outros insurgentes permanecem como uma ameaça. O recente aumento do número de assassinatos de cristãos iraquianos em Mossul, 360 quilômetros a noroeste da capital, mostra o perigo ainda existente na região norte. Muitos insurgentes fugiram para essa área, por causa das operações em Bagdá e outros pontos do país.

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