postado em 21/10/2008 13:30
WASHINGTON - O Fundo Monetário Internacional desmentiu nesta terça-feira (21/10) qualquer tipo de favoritismo em relação a uma francesa de 26 anos que o o Wall Street Journal apresentou como uma "protegida política" do diretor-gerente da instituição, Dominique Strauss-Kahn.
"Não há provas de favoritismo neste caso e a investigação mostrou que foram respeitados os procedimentos habituais do FMI na concessão de um estágio de dois meses", indicou um porta-voz da instituição. Este desmentido acontece três dias depois da revelação de uma investigação sobre suspeitas de favoritismo em benefício de uma subordinada de Strauss-Kahn no FMI, com quem manteve uma relação íntima.
Na véspera, Strauss-Kahn apresentou suas desculpas, em carta dirigida ao pessoal do FMI, por ter cometido "um erro de julgamento" ao manter relações com a moça em questão.
"Primeiro, apresento minhas desculpas e afirmo que lamento muito o incidente", declarou Strauss-Kahn num correio eletrônico. "O incidente constitui um erro de julgamento de minha parte do qual assumo a inteira responsabilidade", acrescentou.
No entanto, Strauss-Kahn precisou: "acredito firmemente que não abusei de minha posição". Diz que apóia "totalmente o processo (de investigação) em curso", assegurando que vai, "evidentemente, seguir as indicações do conselho de administração sobre a melhor maneira de resolver este assunto".
"Quero apresentar minhas desculpas à pessoa em questão por meu erro em iniciar esta relação. Ela é uma economista talentosa, uma profissional competente. Reconheco a situação difícil criada para ela. Peço também desculpas a minha mulher e a minha família", acrescentou Strauss-Kahn.
O FMI anunciou sábado a abertura de uma investigação sobre Strauss-Kahn, como parte de um assunto suposto de favoritismo, ligado a relações íntimas com Piroska Nagy, um ex-funcionária de alto escalão do FMI de origem húngara.