postado em 22/10/2008 10:16
VIENA - Os maus-tratos infligidos pela mãe ao austríaco Josef Fritzl em sua juventude explicam o seqüestro e abuso da filha, mantida em cativeiro por quase 25 anos em Amstetten, segundo um estudo publicado pelo jornal Oesterreich.
"Sua narrativa descreve um clima familiar imprevisível com agressões humilhantes e sem motivo por parte da mãe. Sua infância o predispôs idealisticamente a uma invalidez emocional", afirma a psiquiatra Adelheid Kastner em um relatório entregue à justiça, segundo o jornal. "Portanto, teve a necessidade de possui completamente um ser humano", acrescenta a psiquiatra.
O Oesterreich informa que obteve as 130 páginas do relatório da especialista, entregue semana passada à promotoria, que considerava Josef Fritzl "totalmente responsável", de acordo com a imprensa. "Nasci para violentar e me segurei por relativamente um longo tempo", declarou Fritzl à psiquiatra, destaca o Oesterreich, ao mesmo tempo que admitiu ter "um fundo malvado".
Josef Fritzl, 73 anos, já havia sido condenado por estupro nos anos 60. Ele é acusado de ter seqüestrado e violentado a filha Elisabeth durante mais de 24 anos no porão da casa da família em Amstetten, 100 km ao oeste de Viena. Da relação incestuosa nasceram sete filhos. Um bebê faleceu pouco depois do nascimento por falta de cuidados.