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McCain reitera que Obama é 'liberal dos impostos'

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postado em 27/10/2008 19:38
O candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, John McCain, atacou nesta segunda-feira (27/10), em Ohio, seu rival Barack Obama repetindo a acusação de que ele é um "liberal (esquerdista) dos impostos e dos gastos". Após a passagem pelo Estado, prometendo uma vitória o republicano partiu para a Pensilvânia, onde Obama lidera as pesquisas de intenção de voto e McCain tenta uma virada. "Nós dois discordamos do presidente Bush em política econômica. Minha abordagem é deixar os gastos sob controle", disse McCain, referindo-se ao seu adversário. Segundo ele, a diferença entre ele e Obama é que o democrata "pensa que os impostos têm sido baixos, e eu penso que os gastos têm sido altos". McCain disse que o candidato democrata, se eleito, aumentará os gastos em "trilhões". O ex-piloto da Força Aérea e prisioneiro de guerra no Vietnã menosprezou a vantagem que as pesquisas dão a Obama e disse que em duas semanas, a partir de agora, as pessoas verão "que essa foi uma corrida muito disputada e eu serei o vencedor". Com a economia norte-americana se enfraquecendo de forma acelerada, pesquisas nacionais e estaduais mostram que o caminho de McCain para a vitória está cada vez mais difícil, o que o força a brigar por Estados como Ohio, Virginia, Carolina do Norte e Flórida. Essas regiões já foram solidamente republicanas mas agora mostram preferência pelo candidato democrata. Mais ataques Obama iniciou a semana final da corrida à Casa Branca em Ohio, satirizando o rival republicano John McCain como "pouco mais que um clone do impopular presidente George W. Bush". Ele fez as declarações hoje em seu discurso de "argumentação final" contra McCain. Ele deverá fazer outros longos discursos nesta semana, inclusive um na noite de quarta-feira, em três emissoras de televisão em horário nobre. O discurso terá 30 minutos de duração e será dirigido ao eleitorado independente, que algumas pesquisas estimam que seja 25% do total. O candidato democrata pediu unidade nacional em um período de extremo partidarismo. "Em uma semana, você pode dar fim a uma política que dividiria a nação apenas para vencer uma eleição, que tenta colocar região contra região, cidade contra cidade, republicanos contra democratas. Esta situação nos faz ter medo em um momento que precisamos ter esperança", disse. Mas o partidarismo também está presente na mensagem de Obama, que ataca McCain como um candidato do passado. "Após 21 meses e três debates, o senador (por Arizona) McCain ainda não foi capaz de dizer ao povo americano uma única coisa importante que ele faria diferente de George Bush no que diz respeito à economia", afirmou. "O senador McCain afirma que não podemos passar os próximos quatro anos esperando que nossa sorte mude, mas você entende que o maior risco que podemos correr é abraçarmos as mesmas velhas políticas Bush-McCain que nos prejudicaram nos últimos oito anos.

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