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McCain pede doações emergenciais para eleitores na reta final da campanha

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postado em 31/10/2008 17:22
O candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, John McCain, pediu nesta sexta-feira (31/10) doações de emergência aos eleitores na tentativa de conquistar uma vitória surpresa nas urnas no dia 4 de novembro. "Eu estou pedindo seu apoio financeiro para nos ajudar a responder os ataques contra nós. Essa eleição não está definida e nós precisamos do trabalho de todos nos próximos dias para sairmos vitoriosos", disse McCain em um e-mail enviado aos eleitores. O pedido foi feito um dia depois do candidato democrata, Barack Obama, ter gasto cerca de US$ 5 milhões em comerciais de 30 minutos em três redes de TV americanas. A última pesquisa nacional de opinião, realizada pela CBS e pelo New York Times, coloca o republicano 13% atrás do democrata Barack Obama. Já pesquisas em Estados onde a disputa é normalmente acirrada entre democratas e republicanos -- os chamados Estados-chave -- a diferença é bem menor. De acordo com o editor da BBC para a América do Norte, Justin Webb, a popularidade da candidata a vice de McCain, Sarah Palin, também está em queda. Segundo pesquisas, cerca de 59% dos entrevistados afirma que Palin não está pronta para ser vice-presidente. Pesquisas recentes da CNN/Opinion Research apontam que Obama lidera com quatro pontos de diferença em Ohio, seis pontos na Carolina do Norte e sete pontos em Nevada, todos Estados conquistados por George W. Bush nas eleições de 2004. Al Gore Nesta semana, McCain tem investido a campanha em Ohio, Estado considerado vital na conquista pela Casa Branca. Hoje, o republicano "colou" a imagem no governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, na tentativa de reverter a desvantagem com Obama. Na contramão de McCain, Obama segue campanha durante o dia de hoje ao lado do democrata Al Gore em comícios na Flórida. O Estado é considerado importante na disputa, tendo sido responsável pela decisão a favor do então adversário de Al Gore, o atual presidente George W. Bush, em 2000. Nos comícios, os candidatos têm acusado um ao outro de ter beneficiado empresas petroleiras em detrimento de americanos da classe média. McCain criticou o rival por votar a favor de um projeto de lei, em 2005, que previa redução de impostos para empresas petroleiras. Obama disse que apoiou o projeto por também conter reduções fiscais para produtores de energia renovável e contra-atacou dizendo que McCain defende uma redução dos impostos corporativos. Outro assunto que pode ganhar força na campanha de McCain são as alegações de que Obama teria escolhido um polêmico político de "esquerda" para ser seu chefe de gabinete, caso vença o pleito. O político é o congressista Rahm Emanuel, de Illinois, que trabalhou com o presidente Bill Clinton. Correligionários de McCain dizem que Emanuel é um exemplo da 'face real' de um eventual governo Obama: um governo de esquerda.

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