postado em 03/11/2008 13:00
WASHINGTON - Os republicanos e um grupo independente lançaram nas últimas horas anúncios publicitários nos estados-chave contra o candidato democrata à Casa Branca, Barack Obama, evocando suas ligações passadas com o controvertido pastor Jeremiah Wright.
"Inúmeros habitantes da Pensilvânia vão decidir nas próximas horas em quem vão confiar para dirigir o país", declarou o chefe do partido republicano da Pensilvânia (leste), Robert A. Gleason, enfatizando a importante de que os eleitores devem estar conscientes dos fatos.
Na véspera da votação, Obama obteve neste estado, onde foi lançada a campanha publicitária, uma boa vantagem sobre o candidato republicano John McCain, segundo as pesquisas.
"Acredito que muitas pessoas não entendem como Obama pôde continuar voltando á igreja de Wright semana após semana para ouvir coisas como 'que Deus amaldiçoe a América'", disse Gleason em um comunicado publicado no domingo. "Nós podemos confiar no julgamento de Obama? Se sua relação com o reverendo Wright for um indicador, eu diria que não", acrescentou.
Wright celebrou o casamento de Obama e batizou suas duas filhas. Em sermões há mais de seis anos, ele acusa os EUA e Israel de "terrorismo", e afirmou que os negros deveriam dizer "Que Deus amaldiçoe a América" em razão do racismo. Obama denunciou esta declaração e deixou em maio passado a igreja do pastor.
Um grupo independente, o National Republican Trust political action, também lançou uma campanha sobre este assunto na Pensilvânia e em um outro estado-chave, Ohio (norte). "Barack Obama, muito radical, muito arriscado", diz a mensagem, que mostra vídeos de Wright.
Os democratas não comentaram estes novos anúncios publicitários, também divulgados na região de Washington DC, a capital americana, vizinha de um outro estado-chave, a Virgínia (leste). Durante a campanha eleitoral, o candidato republicano John McCain não citou o pastor Wright e parece ter impedido sua equipe de fazê-lo.