postado em 04/11/2008 11:11
GOMA - O primeiro-ministro da República Democrática do Congo (RDC, ex-Zaire), Adolphe Muzito, vai nesta terça-feira (04/11) à cidade de Goma, ameaçada pelos rebeldes, e a ONU avalia reforçar seu contingente na região, onde mais de um milhão de pessoas abandonaram seus lares.
Três dias depois de assumir o cargo, Muzito, a quem o presidente Joseph Kabila encarregou como prioridade "a segurança e reconstrução" do país, iniciou nesta terça um giro pelo leste.
A instabilidade persiste desde meados da década de 90 nesta zona rica em recursos minerais, motivo de preocupação internacional. Na véspera, o governo decretou o toque de recolher em Goma, capital da província de Kivu Norte, ameaçada por forças rebeldes.
As forças do líder rebelde Laurent Nkunda se encontram às portas da cidade, depois de ter derrotado o exército regular. Os rebeldes ordenaram em seguida um cessar-fogo, que parece estar sendo respeitado.
Em meados da semana passada Goma foi cenário de saques, cometidos principalmente por soldados em fuga. Nkunda ameaçou intensificar a ofensiva para derrubar o governo se este não negociar diretamente com a rebelião. Mas o governo do antigo Zaire se recusa a iniciar conversações.
A situação humanitária é catastrófica em Kivu Norte, onde mais de um milhão de pessoas ficaram desabrigadas pelos enfrentamentos. Os combates violentos da semana passada impediram a chegada de ajuda humanitária.