postado em 07/11/2008 17:44
O Papa Bento XVI reiterou nesta sexta-feira (07/11) o apoio da Igreja católica ao transplante de órgãos, mas pediu que a comunidade científica determine o momento exato da morte "levando em conta os progressos recentes" da ciência.
O apelo do pontífice foi feito diante de uma delegação de cientistas e médicos católicos, reunidos em Roma para um seminário sobre o tema.
Para Bento XVI, doar órgãos é "um ato de generosidade e altruísmo" por parte do doador e de seus parentes.
O Papa, que defende a vida desde o momento da concepção até a morte natural do indivíduo, lembrou que "a ciência registrou progressos notáveis para determinar a morte de um paciente".
A intervenção do pontífice foi feita depois que o jornal do Vaticano, o L'Osservatore Romano, questionou o princípio da morte cerebral como indício do fim da vida de uma pessoa.
Além disso, Bento XVI condenou o tráfico de órgãos como "abominável", assim como "a criação e destruição de embriões humanos para fins terapêuticos".