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Al-Qaeda pede a conversão ao islã

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postado em 08/11/2008 09:54
O líder islâmico fundamentalista do Iraque Abu Omar Al-Baghdadi, também ligado a grupos que têm relações com a rede terrorista Al-Qaeda, dirigida por Osama Bin Laden, pediu à nova composição da Casa Branca que se converta ao islã e retire as tropas norte-americanas de países muçulmanos. O pedido, expresso num texto de três páginas divulgado pela internet no Al-Hesbah ; um site oficial da Al-Qaeda ;, propõe que a América não mais interfira nos assuntos internos de países de maioria islâmica. ;Hoje, em nome de meus irmãos no Iraque, Afeganistão, Somália e Chechênia, proponho pelo bem de vocês e de nós: voltem à neutralidade;, escreveu Al-Bagdhadi. Na mensagem, o integrante da rede de Bin Laden acusa os Estados Unidos de prenderem, injustamente, crianças, idosos e simples cidadãos no Iraque, no Afeganistão e na base militar de Guatánamo, em Cuba, sob a ;acusação infundada; de ligação com o terrorismo. ;Digam-me, quem é o terrorista?;, indagou Al-Baghdadi. Ao referir-se a Barack Obama, novo presidente eleito dos Estados Unidos, o líder islâmico adota, segundo ele mesmo, um tom de ;boas maneiras;. Al-Baghdadi garante que não busca ameaçar ou ;fazê-los sentir as coisas que devem sentir aqueles que são injustos;. A mensagem termina com um pedido particular ao democrata, para que reflita sobre o texto. Durante a campanha presidencial, Obama afirmou que a invasão do Iraque foi um erro e tornou o país um atrativo para terroristas internacionais. Ele lamentou o fato de George W. Bush ter usado pretextos incorretos, como a suposta presença de armas de destruição em massa em solo iraquiano, para ocupar o país e derrubar Saddam Hussein. Obama disse, ainda, acreditar que persiste o risco de a Al-Qaeda colocar a nova composição da Casa Branca à prova logo nos primeiros dias de seu mandato. O senador por Illinois, que não especificou a que tipo de prova a Presidência poderia ser submetida, deverá apressar a escolha de sua nova equipe de segurança nacional. Na quinta-feira, ele recebeu o primeiro relatório presidencial diário (PDB, na sigla em inglês), cujo conteúdo só é passado pelas agências de inteligência ao chefe de Estado. Ligações para líderes Para agradecer as demonstrações de apoio e reiterar a amizade dos Estados Unidos, o presidente eleito do país, Barack Obama, retornou os telefonemas de nove chefes de governo de nações consideradas as principais aliadas de Washington. Na América Latina, o único mandatário a receber a ligação, na quinta-feira, foi Felipe Calderón, do México. Os demais líderes com quem Obama conversou são: Kevin Rudd, primeiro-ministro da Austrália; Stephen Harper, premiê canadense; Nicolas Sarkozy, presidente da França; Angela Merkel, chefe de governo da Alemanha; Ehud Olmert, primeiro-ministro de Israel; Taro Aso, premiê japonês; Lee Myung-bak, chefe de Estado da Coréia do Sul; e Gordon Brown, chefe de governo do Reino Unido. O gabinete de Calderón informou que Obama se comprometeu a manter o apoio norte-americano à luta do México contra o crime organizado e o tráfico de drogas. Um comunicado difundido pela Presidência mexicana indicou que o democrata afirmou a Calderón que estava ;consciente da dificuldade da batalha contra o narcotráfico no país vizinho e ;ofereceu o decisivo; respaldo dos EUA. Em junho, o Congresso americano aprovou um pacote de assistência de US$ 400 milhões para a luta antidrogas no México, mas o dinheiro ainda não foi entregue. O gabinete do canadense Harper informou que ele e Obama falaram sobre a cúpula internacional prevista para ocorrer em 15 de novembro na capital norte-americana, com o objetivo de discutir soluções à crise financeira mundial. O democrata não tem planos de participar da reunião. A Presidência francesa revelou, por meio de nota, que Sarkozy e o próximo presidente dos EUA falaram por 30 minutos. O francês classificou a conversa de ;extremamente calorosa; e felicitou o senador pela ;brilhante; vitória nas eleições de terça-feira. O telefonema para Gordon Brown durou aproximadamente 10 minutos. Os temas principais foram a necessidade de um novo sistema financeiro internacional, a situação no Iraque, no Afeganistão, e o processo de paz no Oriente Médio.

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