postado em 08/11/2008 12:38
A Nova Zelândia elegeu neste sábado (08/11) seu primeiro governo conservador em quase uma década, encerrando um dos mandatos mais longos de uma mulher no mundo. John Key, um ex-operador de câmbio multimilionário de 47 anos, chegou facilmente ao poder no país de 4,1 milhões de pessoas, derrotando o Partido Trabalhista da primeira-ministra, Helen Clark. "Hoje, a Nova Zelândia falou, em suas centenas de milhares (de pessoas), elas votaram por mudança", disse Key, líder do Partido Nacional, em seu discurso de vitória, tomando emprestadas as palavras do presidente eleito dos Estados Unidos Barack Obama.
A crise financeira mundial apareceu bem durante a campanha e Key considerou este o desafio mais sério que o país enfrenta. "A situação da economia global e da crise financeira global significa que a estrada adiante pode ser cheia de obstáculos", disse Key. "Amanhã, o trabalho duro começa.
A primeira-ministra, que está no poder desde 1999 e tentava o histórico quarto mandato, aceitou a responsabilidade da perda ao deixar de ser líder do Partido Trabalhista. Ela ficará no Parlamento, mas fora de evidência. "Então, com isso, acabou para mim. Obrigada Nova Zelândia pelo privilégio de ter sido primeira-ministra pelos últimos nove anos, Kia ora Tatou", disse ela, citando uma frase de despedida na língua indígena Maori.
Conforme previsto, o Partido Nacional, de centro-direita, terá que se apoiar em pequenos partidos aliados para ter maioria no Parlamento, que dentro de um sistema de votação proporcional complexo irá encolher em uma cadeira, para 122.
Com mais de 99% dos votos contabilizados, o Partido Nacional e seus aliados terão pelo menos 65 cadeiras no Parlamento. O Partido Trabalhista e seus aliados ganharam 52. Key fez campanha por questões domésticas como melhora da educação e combate ao crime, culpando o governo de Clark pela recessão do país.