postado em 08/11/2008 19:58
TEL AVIV - Milhares de israelenses se reuniram neste sábado (08/11) em Tel Aviv para recordar o 13o. aniversário do assassinato do primeiro-ministro Isaac Rabin cometido por um judeu extremista.
O ato foi realizado, como nos anos anteriores, na Praça Rabin, no centro de Tel Aviv, no mesmo lugar em que o premiê foi assassinado ao término de uma concentração 'em favor da paz e contra a violência'.
Este lema dominou também a reunião deste sábado, onde inúmeros manifestantes exibiam cartazes em que se podia ler "não esqueceremos, não perdoaremos".
"Não votei em Rabin, mas ele foi meu primeiro-ministro", afirmou Tzipi Livni, líder do Kadima, o partido centrista atualmente no poder, e ministra das Relações Exteriores, também presente no ato e que, na época, era membro do partido conservador Likud, o grande adversário do partido trabalhista do primeiro-ministro assassinado.
Rabin recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1994, junto com o atual presidente israelense Shiomon Peres, que então era ministro das Relações Exteriores, e o dirigente palestino Yasser Arafat depois da assinatura dos acordos de Oslo israelense-palestinos de 1993.
Seu assassino, Yigal Amir, que atualmente cumpre prisão perpétua, reivindicou seu crime durante seu julgamento afirmando que o cometeu para impedir a retirada israelense dos territórios palestinos ocupados e para deter o processo de paz.
Amir nunca se arrependeu de seu ato.