postado em 09/11/2008 09:35
O democrata Barack Obama anunciou, em sua primeira entrevista como presidente eleito, na última sexta-feira, que considera "inaceitável" o Irã desenvolver armas nucleares. Neste sábado, o presidente do Parlamento iraniano, Ali Larijani, criticou a desconfiança de Obama para com a República Islâmica. O sucessor de George W. Bush é favorável a negociações diretas com Teerã para resolver o impasse em torno do programa nuclear impulsionado pelo presidente Mahmud Ahmadinejad. O Irã garante que sua intenção é apenas gerar energia elétrica, mas os EUA e nações européias suspeitam que o objetivo seja desenvolver a bomba atômica para atacar Israel. Saiba o que o democrata pensa a respeito dessa e de outros desafios internacionais.
Iraque
Propõe uma retirada ;responsável e em fases; a partir do momento em que assumir o poder. A expectativa é que, com o retorno de uma a duas brigadas por mês, em 16 meses (até o verão de 2010), todas as tropas tenham saído do Iraque. O projeto prevê, no entanto, a permanência de uma ;força residual; para conduzir missões contra a Al-Qaeda no país, além de proteger civis e diplomatas americanos e treinar as forças de segurança iraquianas.
Afeganistão e Paquistão
Acredita que o grande desafio dos Estados Unidos contra o terrorismo é vencer a guerra contra a Al-Qaeda no Afeganistão - e que a guerra no Iraque tirou o foco do mais importante. Promete reforçar as tropas no país com o envio de ao menos mais duas brigadas, e capturar ou matar Osama bin Laden. Defende que Washington mantenha uma postura mais firme em relação ao Paquistão para exigir o combate contra a Al-Qaeda em seu território.
Irã
Chegou a defender uma aproximação diplomática com Teerã, mas depois de ser duramente criticado por McCain, disse que será firme ao negociar com o presidente Mahmud Ahmadinejad, e que não descarta a opção militar contra o Irã. ;Mas é importante usarmos todas as ferramentas para evitar um cenário no qual teríamos de fazer essa escolha.;
Oriente Médio
O democrata disse que fará do processo de paz na região uma prioridade diplomática. Para isso, pretende assegurar uma aliança forte com Israel, especialmente garantindo sua segurança. Como defende o direito de Israel de existir como Estado, acredita na resolução do conflito com a criação de dois Estados, mas mantendo ;Jerusalém como a capital indivisível; do país aliado.
Rússia
Considera que a Rússia de hoje ;não é a União Soviética; e propõe uma estratégia integrada para ;enfrentar os desafios colocados por Moscou;. Entre as propostas estão: apoiar os parceiros democráticos na Ásia e defender os princípios de soberania de ex-repúblicas soviéticas, reforçar a aliança transatlântica (Otan) para ;lidar com a Rússia de forma unificada; e envolver o Kremlin em questões de ;interesse mútuo; como a proliferação nuclear.