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Rebeldes no Congo alertam contra intervenção de Angola

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postado em 09/11/2008 21:14
O grupo rebelde de Laurent Nkunda alertou, neste domingo (09/11), que qualquer decisão do governo do Congo de aceitar assistência militar de Angola poderá incendiar a região dos Grandes Lagos. "Isso vai arriscar colocar fogo na região dos Grandes Lagos", disse Bertrand Bisimwa, um porta-voz do Congresso Nacional para Defesa do Povo (CNDP, na sigla em inglês), liderada pelo general tutsi renegado Laurent Nkunda. "Isso vai demonstrar a disposição do governo de envolver ex-instigadores de guerra internacionais na crise atual." "O governo deve favorecer soluções políticas, através do engajamento em negociações com o CNDP, no lugar de soluções militares. A população do país já está sofrendo por causa disto" acrescentou o porta-voz do grupo rebelde. A reação de Bisimwa ocorre depois de o ministro de Relações Exteriores do Congo ter admitido neste domingo que, embora Angola ainda não tenha enviado qualquer tropa ao país, poderá fazer isso no futuro. "No momento, não existe nenhuma (tropa), mas a posição angolana, sem qualquer sombra de dúvida, é de apoio ao Congo", disse Alexis Thambwe Mwamba em um encontro de cúpula de emergência da Comunidade de Desenvolvimento do Sul Africano, convocada para considerar a turbulência na República Democrática do Congo e o impasse político no Zimbábue. Angola e Congo são membros do bloco africano que reúne 15 nações. Luanda, capital de Angola, ficou ao lado de Kinshasa, capital do Congo, no conflito regional de 1998-2003, que rompeu no país quando era conhecido como Zaire. Kinshasa tem repetidamente negado que tropas estrangeiras estejam em seu solo para dar apoio as forças pró-governo que enfrentam os homens de Nkunda - uma afirmação que é confirmada pela missão da ONU, que tem 17 mil homens de capacete azul em terra.

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