postado em 10/11/2008 18:01
Washington - A disputa jurídica entre um hospital que quer desligar os aparelhos que mantêm vivo um menino com morte cerebral e sua família, de judeus ortodoxos, teve a audiência adiada para quinta-feira, informou nesta segunda-feira um juiz da Suprema Corte do ditrito de Columbia.
O pequeno Motl Brody, de 12 anos, está em coma desde junho, após uma operação para a retirada de um tumor em seu cérebro no hospital infantil de Washington, o Children National Medical Center.
Desde 4 de novembro, o hospital considera que Motl sofreu morte cerebral, e quer desligar os aparelhos que mantêm sua respiração, além de suspender a medicação usada para fazer com que seu coração continue batendo.
Para os judeus ortodoxos da família Brody, no entanto, seu filho ainda vive, uma vez que, de acordo com os preceitos de sua religião, uma pessoa só pode ser considerada morta quando seu coração e seus pulmões param de funcionar.
"Queremos que o tratamento médico continue", explicou Jeff Zuckerman, advogado dos Brody. A audiência foi marcada para quinta-feira para permitir que o assessor jurídico da família estude cinco caixas de documentos médicos, solicitados ao hospital pela família para determinar que exames foram realizados para determinar a morte cerebral do menino.