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Chávez ameaça oposição com revolução armada

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postado em 12/11/2008 08:09
CARACAS - O presidente venezuelano, Hugo Chávez, disse nesta terça-feira que a oposição prepara atos violentos diante das eleições regionais de 23 de novembro, e lembrou que a "revolução" bolivariana está armada e disposta a se defender. "Alerto a oposição fascista, que está desesperada e planejando a violência para novembro e dezembro, que nossa revolução está armada e que o povo está disposto a defender o processo revolucionário venezuelano. Não se enganem". Em 23 de novembro, a Venezuela elegerá governadores e prefeitos, em uma votação considerada crucial para o futuro de Chávez. Segundo Chávez, do mesmo modo como ocorre na Nicarágua, onde a oposição não reconhece a vitória sandinista nas eleições municipais de domingo passado, a oposição venezuelana "também está preparada para ignorar os resultados da votação de 23 de novembro". No domingo passado, Chávez afirmou que a oposição quer vencer as eleições regionais no estado de Sucre (nordeste) para derrubar seu governo, e pediu a seus partidários que "impeçam à burguesia venezuelana" de utilizar as urnas para "levar a Venezuela pelo caminho do golpe e da violência e deter a revolução bolivariana". No sábado, Chávez ameaçou lançar mão dos tanques caso a oposição vença no estado de Carabobo (norte): "Se permitirem que a oligarquia volte ao governo (de Carabobo), vou acabar mandando os tanques da brigada blindada para defender o governo revolucionário e para defender o povo ". Em 25 de outubro, Chávez disse analisar um "plano militar" contra o líder opositor e atual governador de Zulia (noroeste), Manuel Rosales, diante de uma eventual vitória da oposição naquele estado. "Trata-se do futuro da pátria. Em 23 de novembre está em jogo o futuro da revolução, o futuro do socialismo, o futuro da Venezuela, o futuro do governo revolucionário, e também o futuro de Hugo Chávez. Está em jogo tudo isso". De acordo com as últimas pesquisas, o partido de Chávez pode perder cinco dos 24 estados em disputa. No momento, a oposição controla apenas dois Estados, e outros quatro estão nas mãos de dissidentes do chavismo.

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