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Turquia oferece mediação entre governo Obama e Irã

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postado em 12/11/2008 17:51
A Turquia está pronta para mediar conversações entre a próxima administração do presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, e o governo do Irã, disse hoje o primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, em entrevista publicada no jornal The New York Times. Uma mensagem de congratulações enviada pelo presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, ao presidente eleito dos EUA na semana passada, um sinal sem precedentes do Irã, foi "um passo que nós precisamos aproveitar", disse Erdogan ao periódico norte-americano. "Nós estamos prontos para sermos os mediadores", disse. "Eu acredito que podemos ser úteis no processo". No início da sua campanha eleitoral, Obama disse que era a favor de conversações diretas sem precondições com Teerã, mas desde então tem adotado uma posição mais conservadora. "Nós vemos com muita preocupação as relações entre os EUA e o Irã", disse Erdogan. "Esperamos que os problemas sejam resolvidos com negociações. As guerras não são nunca a solução para os problemas na era atual". A Turquia diz que já ajuda a mediar conversações entre o Irã, seu vizinho do leste, e as seis potências ocidentais que tentam negociar uma solução para a questão do programa nuclear iraniano. O ministro de Relações Exteriores da Turquia, Ali Babacan, disse em julho que seu país não tem uma missão formal de mediador, mas um papel "no sentido de facilitar e consolidar as negociações". Como integrante da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), candidata a integrar a União Européia, e ao mesmo tempo tendo bons laços com o Irã nos últimos anos, a Turquia acredita que está na posição ideal para ajudar a resolver as diferenças entre os dois lados. No mês passado, a Turquia foi eleita integrante não permanente do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Como seus aliados ocidentais, a Turquia está preocupada com a possibilidade de que o Irã adquira armas nucleares. O país também teme que outro conflito militar às suas portas, após a invasão do Iraque liderada pelos Estados Unidos, aumente a instabilidade regional e prejudique o desenvolvimento econômico. As informações são da Dow Jones.

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