postado em 14/11/2008 20:29
Cuba passou a ser considerada nesta semana um integrante pleno do Grupo do Rio no encontro dos chanceleres dos países do bloco, que ocorreu em Zacatecas, no México. O governo cubano comemorou o ingresso do país no bloco de países latino-americanos como um exemplo de como são "fúteis" os esforços dos Estados Unidos para isolar o país no hemisfério.
O governo agradeceu a todos os países que participam do Grupo do Rio em editorial publicado hoje no Granma, jornal oficial do Partido Comunista Cubano, e considerou que a ampliação do bloco o torna "mais representativo da região", "um passo positivo no caminho à plena incorporação a este mecanismo das nações caribenhas, com o qual Cuba está disposta a cooperar".
Na carta publicada no Granma, o governo cubano ainda afirma que condena "a ingerência nos assuntos internos dos Estados", e rejeita "a agressão, a ameaça, o uso da força, a utilização de medidas coercitivas unilaterais a fim de impedir aos Estados o exercício de seu direito a eleger seu próprio sistema político, econômico e social".
O Grupo do Rio é um Mecanismo Permanente de Consulta e Concertação Política da América Latina e do Caribe, estabelecido em 1986 no Rio de Janeiro. Segundo o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, "caracteriza-se pelo baixo grau de institucionalização que lhe permite grande flexibilidade de procedimentos".
O site da pasta brasileira ainda explica que o grupo "constitui canal para a diplomacia presidencial entre os Estados membros e foro para concertação de posições latino-americanas e caribenhas em questões regionais e internacionais" e "surgiu como instrumento para a consolidação da democracia e a prática da concertação política".