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Presidente da China se reúne com Raúl Castro em Cuba

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postado em 18/11/2008 21:02
O presidente chinês, Hu Jintao, chegou para uma visita a Cuba na noite de ontem. Após participar do encontro do G-20 para discutir a crise econômica mundial, ele vai se encontrar ainda nesta terça-feira com o presidente Raúl Castro e outros líderes cubanos, a fim de fortalecer os laços bilaterais, durante os dois dias que permanecer no país. Não está confirmado se o presidente chinês se encontrará com Fidel. Horas antes de chegar a Cuba, Hu anunciou que a China e a Costa Rica começarão em janeiro as negociações para um tratado de livre-comércio. O Granma, jornal oficial do Partido Comunista Cubano, assinalou que a chegada de Hu marcou o final de uma jornada durante a qual Ma Xiuhong, vice-titular da pasta de Comércio da nação asiática, e Ramón Ripoll, vice ministro para Investimentos Estrangeiros e Colaboração Econômica em Cuba, assinarão "uma dezenas de acordos e documentos bilaterais". Hu também irá ao Peru, durante uma cúpula da Associação pela Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (Apec). A incursão pela América Latina ocorre no momento em que Pequim expande sua diplomacia e seus investimentos pelo mundo. A China busca recursos naturais e o desenvolvimento de novos mercados para produtos manufaturados e também para armas. As exportações chinesas para a América Latina subiram 52% nos primeiros nove meses de 2008, para US$ 111,5 bilhões, de acordo com a agência estatal Nova China. O país asiático é o segundo maior parceiro comercial de Cuba, depois da Venezuela. China e Cuba foram próximos por décadas, em meio à divisão da Guerra Fria entre o bloco socialista e o capitalista. Os laços bilaterais aumentaram após o fim da União Soviética, em 1991. Medvedev A visita de Hu ocorre menos de duas semanas antes da chegada do presidente da Rússia, Dmitry Medvedev, à ilha. O líder russo passará pela Venezuela, em uma viagem para estreitar laços com inimigos dos Estados Unidos na região. A visita de Hu e a viagem de Medvedev a Cuba são "dois exemplos perfeitos de países (China e Rússia) que buscam preencher o espaço vazio deixado pelos Estados Unidos" na América Latina, disse Kirby Jones, presidente da Associação Estados Unidos-Cuba, sediada em Washington. Desde que Raúl Castro assumiu o poder no lugar do irmão Fidel, analistas acreditam que ele deseja se aproximar do modelo chinês na economia. Isso apesar de autoridades locais expressarem seu apoio pela economia cubana controlada pelo Estado. Com informações da Dow Jones.

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