postado em 19/11/2008 17:42
Um juiz colombiano ordenou a captura dos executivos da empresa DMG, envolvida no escândalo das empresas que captavam dinheiro ilegalmente nas chamadas "pirâmides financeiras" e que afetou milhões de pessoas no país. Dois dos executivos - Margarita Pabón e Daniel Angel - foram presos em Bogotá na madrugada de hoje. Os delitos pelos quais eles são acusados são lavagem de ativos, enriquecimento ilícito, captação massiva de dinheiro e suborno.
Entre os nomes dos que tiveram a captura ordenada está David Murcia, principal acionista da DMG, e que supostamente vive no Panamá, segundo Gladys Sánchez, chefe da Unidade Nacional de Promotores contra a Lavagem de Ativos. A mulher de Murcia, Amparo Guzmán de Murcia, um de seus cunhados, William Suárez, e outros três membros da DMG estão entre os procurados.
O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, manifestou publicamente sua preocupação com o escândalo das financeiras ilegais. O senador da situação Carlos Ferro afirmou ontem que o presidente disse a vários congressistas que o governo tem provas de que pelo menos uma dessas empresas tem vínculos com o narcotráfico.
Segundo Ferro, Uribe mostrou gravações como provas. "Isso comprometeria uma série de pessoas que estavam ali, com a DMG e com dinheiro do narcotráfico", sustentou o senador. O presidente do Congresso, Hernán Andrade, afirmou que as provas seriam levadas a juízes e promotores. Porém, o advogado da DMG, Abelardo De La Espriella, disse que não teme um processo penal. Para ele, "o processo está cheio de irregularidades".
A polícia ocupou na segunda-feira escritórios da DMG em todo o país e o governo decretou estado de emergência. Com a medida, pode promulgar decretos com força de lei, para controlar o colapso das empresas que arrecadavam dinheiro ilegalmente. Os donos de várias dessas empresas estão foragidos desde a semana passada. Muitos membros da DMG defenderam a empresa, alegando que haviam recebido o dinheiro combinado nos contratos.