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China e Índia serão potências até 2020, prevê estudo

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postado em 21/11/2008 10:30
O Conselho Nacional de Inteligência do governo americano prevê que China e Índia vão se consolidar como as novas potências mundiais até 2020, enquanto Brasil, Indonésia, Rússia e África do Sul vão ganhar poder econômico, mas não devem 'ter o mesmo peso político de Índia e China'. "O crescimento desses países vai beneficiar seus vizinhos, mas não é provável que eles se transformem em potências econômicas que conseguirão alterar o equilíbrio de poder além de suas regiões - um elemento-chave da ascensão econômica e política de Pequim e Nova Délhi", diz o Conselho, em seu relatório Mapeando o Futuro Global - Projeto 2020, divulgado na última quinta-feira (20/11). O estudo prevê vários cenários para o mundo daqui a 12 anos e foi elaborado pela equipe do Conselho Nacional de Inteligência, que reúne a CIA e outros 15 órgãos de inteligência dos Estados Unidos. O Conselho acredita que, em 2020, "os EUA ainda serão o país mais importante em todas as dimensões de poder, apesar do desgaste de sua posição". O Brasil - ao lado de África do Sul, Rússia e Indonésia - faz parte dos ;países arrivistas; (emergentes), segundo o relatório. "Esses países vão reforçar o papel de China e Índia, mas eles mesmos terão impacto geopolítico mais limitado;. Enquanto isso, a Europa, o Japão e também a Rússia estarão sob pressão para lidar com o envelhecimento de sua população. O estudo aponta o Brasil como um país ;essencial; com uma ;democracia vibrante, economia diversificada, população empreendedora, grande patrimônio nacional e instituições econômicas sólidas;. "O sucesso ou fracasso do Brasil ao equilibrar medidas econômicas pró-crescimento com uma agenda social ambiciosa para reduzir pobreza e desigualdade de renda vai ter um impacto profundo no desempenho econômico da região e governança nos próximos 15 anos", diz o documento. Segundo o conselho de inteligência, a atração de investimentos estrangeiros e a estabilidade regional vão continuar sendo axiomas da política externa brasileira. "O Brasil é um parceiro natural para os EUA e a União Européia e para as potências emergentes China e Índia, e tem o potencial de aumentar sua estatura como exportador de petróleo". O relatório diz também que o Brasil e a África do Sul são histórias de sucesso que devem servir de modelo para suas regiões.

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