postado em 28/11/2008 12:04
PEQUIM - As autoridades chinesas executaram nesta sexta-feira (28/11) um cientista acusado de espionagem para Taiwan, um ato condenado pelos Estados Unidos e pela Áustria, que considerou a sentença uma "afronta premeditada" à União Européia (UE).
A execução foi anunciada por sua filha, Ran Chen, uma cidadã austríaca casada com um americano, que indicou ter recebido a notícia pela embaixada da Áustria em Pequim.
Wo Weihan, um chinês de 59 anos, havia sido detido em janeiro de 2005 em Pequim, sob acusação de ter transmitido a Taipé informações de natureza militar, entre elas cópias de planos de mísseis.
O cientista, que clamava inocência, foi condenado à morte em maio de 2007 por difusão de segredos de Estado, durante um processo que, segundo sua família e organizações não-governamentais, não foi transparente e apresentou provas vagas.
A execução foi condenada pelos EUA na embaixada em Pequim. "Estamos profundamente consternados com as informações que indicam que o governo chin~es aplicou a pena de morte contra Wo Weihan", declarou uma porta-voz da embaixada, Susan Stevenson.
Washington considerou ainda que a detenção e o processo de Wo não respeitaram os critérios internacionais. "De acordo com as informações que temos, Wo só teve acesso a um advogado depois que os procuradores oficiais terminaram a investigação e as acusações contra ele estava sujeitas a caução", explicou Stevenson.
A Áustria, onde Wo viveu de 1990 a 1997, também lamentou sua execução, dizendo que ela foi uma "afronta premeditada" de Pequim à União Européia (UE).