postado em 01/12/2008 18:56
Três ataques provocaram hoje a morte de pelo menos 32 pessoas no Iraque, informaram autoridades locais. No mais grave incidente do dia, pelo menos 16 pessoas foram mortas e 45 feridas em um duplo atentado suicida ocorrido hoje perto da academia de polícia iraquiana em Bagdá, disseram policiais e fontes dos hospitais. Em outro atentado, um carro-bomba matou 15 pessoas em Mossul, no norte do país. Um guarda-costas de um militar morreu em outro ataque na capital.
Segundo um funcionário do governo, um carro-bomba explodiu perto da entrada da academia de Bagdá. Pouco depois, um suicida se explodiu em meio às pessoas que socorriam as vítimas do primeiro ataque. Entre os mortos há civis e jovens recrutas, indicou o funcionário. Um veículo cheio de explosivos em Mossul deixou, além dos 15 mortos, 40 pessoas feridas. Entre os feridos há um soldado norte-americano, afirmaram funcionários iraquianos e o Exército dos Estados Unidos. O atentado no norte do país tinha aparentemente como alvo uma patrulha conjunta dos iraquianos e norte-americanos. Mossul é a terceira maior cidade iraquiana.
Um porta-voz militar informou que, em outro incidente, um alto funcionário do Ministério da Defesa iraquiano foi ferido hoje em um atentado no norte de Bagdá. O ferido foi o major-general Mudhir al-Mola, encarregado dos guardas chamados Filhos do Iraque, formado por sunitas que se uniram às tropas dos Estados Unidos para combater a Al-Qaeda no país. Um dos guarda-costas do militar morreu.
A mobilização desses grupos sunitas é apontada como crucial para a diminuição da violência no país. O governo, liderado por xiitas, assumiu a responsabilidade pelos sunitas de Bagdá há alguns meses.
Curdistão
Os militares da Turquia informaram hoje que aviões turcos atacaram alvos de rebeldes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, na sigla em curdo) no Curdistão iraquiano, na região de Zap, próxima à fronteira com a Turquia. Os militares disseram que os aviões turcos realizaram a operação pela manhã e voltaram em segurança às bases. O PKK não se manifestou.