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Otan pede que Paquistão mantenha luta no Afeganistão

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postado em 03/12/2008 19:35
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) pediu hoje que o Paquistão não permita que as tensões com a Índia, por causa dos ataques contra hotéis e outros alvos em Mumbai, desviem o país da luta contra extremistas da região tribal paquistanesa, cujo apoio ao Taleban abastece a violência no Afeganistão. "Eu espero, claro, que os sucessos recentes do Paquistão na luta contra extremistas no noroeste sejam mantidos durante estes tempos difíceis", disse o secretário-geral da Otan Jaap de Hoop Scheffer, depois de dois dias de conversações com ministros do Exterior de países aliados. Durante uma coletiva de imprensa, ele afirmou, porém, que não recebeu informações das autoridades paquistanesas sobre supostos planos para desviar recursos direcionados às regiões tribais próximas a fronteira afegã. Ministros da Otan disseram que a aliança está "aberta para uma cooperação militar mais próxima" e intensificaram a colaboração política com o Paquistão. Eles disseram que as forças de Otan, de 51 mil homens, podem procurar meios de melhorar a colaboração com unidades paquistanesas de fronteira. O secretário do Exterior da Grã Bretanha, David Miliband, disse que os ataques terroristas da semana passada em Mumbai ressaltam a necessidade do Ocidente ajudar o Paquistão. Ele disse que ajuda política, econômica e na área de segurança deve ser usada para combater a ameaça de terroristas com base na fronteira com as regiões afegãs e com conexões com a Caxemira, território disputado pela Índia e pelo Paquistão. Autoridades indianas acusaram um grupo paquistanês, sediado na Caxemira, pelos ataques da semana passada em dez locais na cidade de Mumbai. Os ataques deixaram mais de 170 mortos. Miliband afirmou que o Paquistão deve permanecer concentrado em suas ameaças internas como resultado dos ataques em Mumbai. "A ameaça moderna ao Paquistão não vem da Índia", disse Miliband. "A ameaça moderna para o Paquistão vem de dentro. Construir o necessário sistema de segurança, mas também o aparato econômico e político no Paquistão, é a contrapartida exata para os esforços que precisam ser feito no Afeganistão.

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