postado em 04/12/2008 17:17
As forças israelenses iniciaram nesta quinta-feira (04/12) o processo de desalojamento de centenas de colonos entrincheirados em uma casa disputada na cidade palestina de Hebron (Cisjordânia).
As forças de ordem evacuaram em uma hora os cerca de 250 colonos entrincheirados na casa convertida em símbolo de sua determinação de impedir que se reproduza uma retirada como a da Faixa de Gaza em 2005.
O ministro da Defesa, Ehud Barak, anunciou a intenção de expulsá-los depois de uma reunião com representantes dos colonos da Cisjordânia para deter a escalada da violência na região e felicitou as forças de segurança por executar a tarefa empregando o mínimo de força necessária.
A desocupação da residência, reivindicada pelos palestinos, obedece a uma ordem do Supremo Tribunal que provocou a mobilização de centenas de ultranacionalistas israelenses.
Os colonos intensificaram os atos de violência contra os palestinos e enfrentaram a polícia de Israel. Pelo menos 20 palestinos e 18 israelenses foram feridos por pedradas desde segunda-feira.
Na véspera, o Exército isralense, acusado de passividade frente aos atos de violência de colonos e ultranacionalistas que se opõem à ordem judicial, decretou que esse setor é "zona militar fechada".
O chefe do governo de transição israelense, Ehud Olmert, e o presidente Shimon Peres condenaram a violência dos colonos israelenses e defenderam a decisão judicial.
A propriedade do prédio, de quatro andares, é alvo de um legítigio entre um empresário judeu americano, Morris Abraham, que dispõe de uma opção de compra, e um palestino, que nega a venda.
Na madrugada de terça-feira, grupos de jovens colonos, apoiados por simpatizantes ultranacionalistas procedentes de Israel, jogaram pedras durante horas contra casas palestinas e contra veículos da polícia e dos guardas de fronteiras.
Também queimaram automóveis, furaram pneus e quebraram vidros das janelas das casas próximas. Supostos colonos extremistas também quebraram lápides de um cemitério muçulmano da cidade.
O exército tenta assim acalmar os temores da população palestina frente à multiplicação de provocações de extremistas israelenses e o laxismo das autoridades.