postado em 10/12/2008 19:55
O Papa Bento XVI considerou nesta quarta-feira que ainda resta um longo caminho a ser percorrido para o pleno respeito aos ideais previstos na Declaração Universal dos Direitos Humanos. Durante uma vigília no Vaticano por ocasião do 60º aniversário do documento; ele disse que "os direitos humanos são frágeis porque privados de uma base sólida".
Um longo caminho já foi percorrido, mas "ainda falta andar muito" para que a Declaração dos Direitos Humanos seja plenamente respeitada, disse o Papa, citando "o direito à vida, à liberdade, à segurança" e o "respeito à igualdade entre todos e à dignidade de cada pessoa".
Bento XVI destacou a "lei natural, inscrita por Deus na consciência humana, que é um denominador comum a todos os homens e a todos os povos". Os direitos humanos estão, "em última instância, fundamentados no Deus criador, que deu a cada um inteligência e liberdade....'.
O número dois do Vaticano, cardeal Tarcisio Bertone, destacou que "a Igreja Católica sempre defendeu o princípio da indivisibilidade dos direitos humanos". "Quando há menos respeito pelo direito à vida e à liberdade religiosa, o respeito pelos demais direitos é abalado".
O cardeal Renato Martino criticou uma concepção "individualista" dos direitos humanos, "transformada em afirmação dos direitos dos indivíduos além dos direitos da pessoa, o que representa um ser humano amputado de sua dimensão social e privado de sua transcendência".