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Justiça iraquiana decidirá destino do autor da sapatada, diz Bush

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postado em 16/12/2008 18:53
O presidente americano, George W. Bush, deixará para a Justiça iraquiana decidir se punirá, ou indultará, o jornalista que jogou dois sapatos em sua cabeça, declarou a porta-voz da Casa Branca, Dana Perino, nesta terça-feira. Segundo Perino, o presidente não tem nenhuma raiva do repórter e está muito satisfeito com a proteção dada pelos serviços iraquianos de segurança, bastante questionados após o episódio do último domingo. "O presidente acredita que o Iraque é um país soberano, um país democrático e que seguirá seu próprio procedimento, mas, como já lhes disse, o presidente não guarda raiva do incidente", afirmou Perino, em entrevista coletiva, quando lhe perguntaram se Bush considerava necessário punir o jornalista Muntazer al-Zaidi. "Realmente, já viramos a página", acrescentou. Muito provavelmente, as imagens da sapatada, que deram a volta ao mundo, ficarão como a maior lembrança da última visita de Bush ao Iraque. Sobre um eventual "perdão", Perino comentou que "se trata da prerrogativa do primeiro-ministro (iraquiano). Ignoro o que diz sua Constituição a esse respeito". No domingo à noite, no meio de uma coletiva de imprensa, Muntazer al-Zaidi, de 29 anos, jornalista do canal Al-Bagdadia, lançou seus sapatos contra Bush, ao mesmo tempo em que o chamava de "cachorro". Bush conseguiu desviar a tempo. O jornalista foi imediatamente detido pelos agentes do serviço de segurança iraquiano. Hoje, Durgham al-Zaidi denunciou que seu irmão está com braço e costelas quebrados e ferimentos no olho e na perna. "Foi internado no hospital Ibn Sina, porque tem um braço e várias costelas quebradas e tem ferimentos no olho e na perna", disse Durgham al-Zaidi. Em Washington, o Departamento de Estado declarou que condenará eventuais maus-tratos contra o jornalista, após o incidente de Bagdá. "Evidentemente, condenaremos o uso inútil da força contra um jornalista", afirmou o porta-voz da diplomacia americana, Robert Wood, garantindo desconhecer se Al-Zaidi foi agredido.

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