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Evo pede fim de embargo a Cuba e moeda única na América Latina

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postado em 17/12/2008 13:30
Costa do Sauípe - O presidente da Bolívia, Evo Morales, fez nesta quarta-feira (17/12), na segunda sessão da reunião de Cúpula da América Latina e Caribe sobre integração em desenvolvimento, um discurso inflamado e antiamericanista com duas propostas: que os 33 países da América Latina e Caribe exijam do novo governo dos Estados Unidos o fim do embargo a Cuba e a criação de uma moeda única - o Sucre - para a América Latina. Caso o governo americano não suspenda o embargo a Cuba, Evo Morales propôs que todos os países da América Latina e Caribe retirem, imediatamente, seus embaixadores dos Estados Unidos. Esta, segundo ele, seria uma "dura resposta da região" e uma forma de pressionar o governo norte-americano a retirar completamente o bloqueio aos cubanos. "Sei que é uma proposta radical e que muitos não vão concordar", disse Evo Morales, insistindo que é importante que o Grupo do Rio, composto por 18 países, "esteja unido e solidário" em defesa do fim do embargo a Cuba. A segunda proposta apresentada por Evo Morales é a criação de uma moeda única na América do Sul. Evo Morales chegou, até mesmo, a sugerir o nome da moeda: Sucre - capital constitucional da Bolívia onde, em novembro do ano passado, ocorreram violentos manifestações, saques e mortes por causa dos protestos provocados pela aprovação na Assembléia Constituinte do "texto geral" de uma nova Carta Magna sem a presença da oposição. No discurso, Morales aproveitou para culpar os norte-americanos e os organismos internacionais como Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional pelos distúrbios em Sucre. As propostas de Morales, no entanto, não foram consideradas pelos três presidentes que falaram em seguida. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está coordenando as reuniões, tem insistido com os presidentes que sejam breves em sua declarações, porque ainda há 18 presidentes para se pronunciarem e cada um terá 10 minutos. Aproveitou, ainda, para chamar a atenção de Evo Morales, dizendo que, até aquele momento, o presidente boliviano tinha sido "campeão" de gasto de tempo falando, estourando o prazo previamente estipulado.

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