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Presidente deposto da Mauritânia é libertado

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O presidente deposto da Mauritânia, Sidi Ould Cheikh Abdallahi, foi libertado neste domingo (21/12), depois de passar quatro meses em prisão domiciliar. A França saudou a libertação de Abdallahi e pediu que a junta militar que o derrubou renuncie ao poder. "A solução para a crise atual depende da volta da ordem constitucional", disse a França em nome da União Européia, cuja presidência rotativa ela ocupa. Os Estados Unidos e a França cancelaram o envio de ajuda ao país africano depois que Abdallahi foi deposto por um golpe militar. Sob pressão internacional, a junta havia anunciado que planejava libertar Abdallahi em 24 de dezembro. "Farei uso da minha liberdade dentro do limites que serão impostos pelos líderes golpistas. Estou bastante determinado a lutar para que esse golpe de estado fracasse", ele disse em entrevista ao jornal Le Monde antes de ser libertado. A junta militar aparentemente está permitindo que Abdallahi circule livremente dentro do país, mas não está claro se permitirá que ele viaje para o exterior, para eventos como encontros de chefes de estado africanos. "O presidente planeja se comportar como o legítimo presidente da Mauritânia, mas não há dúvidas de que ele será impedido de exercer sua autoridade pelos usurpadores de poder", disse Hamoudi.