postado em 23/12/2008 16:30
O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, visitou nesta terça-feira um canteiro de obras do controvertido muro de separação que Israel está construindo na Cisjordânia e que ele apresentou como um "modelo" de luta contra o terrorismo.
"É preciso terminar a construção do muro no setor de Jerusalém antes do fim de 2009. Isso é crucial para a segurança de Israel", declarou Olmert.
A parte do muro que será construída no setor de Jerusalém terá 164,5 km de comprimento, e 110 km já foram construídos. Um trecho de 50 km está em andamento, segundo um comunicado emitido pela assessoria do premier israelense.
"Onde a barreira existe, o terrorismo contra os cidadãos de Israel foi impedido. De um projeto criticado pela comunidade internacional, a barreira passou a ser um modelo de defesa contra os atentados suicidas", declarou Olmert.
Para Israel, o muro de separação na Cisjordânia, que terá no total 700 km de comprimento, permitiu limitar o número de atentados palestinos.
Já os palestinos denunciam um "muro do apartheid" construído em território palestino, que separa os agricultores de suas terras.
Em 9 de julho de 2004, a Corte Internacional de Justiça (CIJ) considerou o muro ilegal e exigiu o desmantelamento. A Assembléia Geral da ONU fez o mesmo algum tempo depois, mas Israel ignorou estas exigências.