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Parlamento iraquiano abre caminho para permanência de tropas da coalizão

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postado em 23/12/2008 19:04
O parlamento iraquiano abriu caminho nesta terça-feira para a permanência de tropas estrangeiras não americanas no Iraque até julho de 2009, ao permitir que o governo assine acordos com cinco países da coalizão, entre eles a Grã-Bretanha. Uma "ampla maioria" dos 223 deputados presentes, de um total de 275, aprovou a resolução neste sentido, a uma semana de expirar o mandato da ONU, que fixa um prazo legal para a presença de tropas da coalizão no Iraque. Agora, o governo iraquiano deverá assinar acordos até 31 de dezembro com Grã-Bretanha, Austrália, Estônia, Romênia e com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), para a permanência de cerca de 6.000 efetivos. Nesta terça-feira, o presidente salvadorenho, Elías Antonio Saca, anunciou que El Salvador porá fim à presença militar no Iraque no dia 31 de dezembro próximo. El Salvador é o único país latino-americano a permanecer no Iraque. Entre as baixas sofridas por suas tropas estão cinco mortos e 20 feridos. O Conselho de Segurança das Nações Unidas havia confirmado na segunda-feira, a pedido do governo iraquiano e por meio de uma resolução, o fim do mandato da força multinacional, liderada pelos Estados Unidos, no Iraque. Na resolução 1.959, adotada por unanimidade, os 15 membros do Conselho "reconhecem o fim do mandato" da força, no dia 31 de dezembro de 2008. A resolução não afeta os Estados Unidos - que fornecem 95% das tropas estrangeiras no Iraque - que assinaram um acordo bilateral com os iraquianos que permite a seus soldados permanecerem em território iraquiano até o final de 2011. Os Estados Unidos invadiram o Iraque em março de 2003 sob a alegação de que Saddam Hussein possuía armas de destruição em massa. Após a invasão, Saddam Hussein foi capturado e enforcado, mas as supostas armas de destruição em massa jamais apareceram. O mandato da força multinacional no Iraque foi aprovado pela ONU em outubro de 2003.

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